No inverno, Porto Alegre é a segunda capital brasileira mais poluída por material particulado inalável

Clique para abrir ampliadaNo inverno, depois de São Paulo, Porto Alegre é a capital que tem o ar mais poluído por material particulado inalável. Essa informação foi dada pela professora Cláudia Rohden durante reunião-almoço Saneamento Ambiental em Foco, promovida pela Abes-RS (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – seção Rio Grande do Sul) no salão nobre da Federasul, nesta sexta-feira (26), com o tema “Poluição do ar e efeitos sobre a saúde”.
Depois de um breve relato sobre a situação mundial em relação à poluição atmosférica, a drª Rohden apresentou os resultados dos trabalhos que sua equipe vem realizando em parceria com a equipe do dr. Paulo Saldiva, da USP, a maior autoridade brasileira no setor. Com tecnologia simples – tendo como bioindicador uma planta de jardim chamada Tradescantia pallida – a equipe da professora investigou a qualidade do ar em diferentes pontos de Porto Alegre, identificando no bairro Humaitá uma área crítica no verão, possivelmente por estar sobre um lixão aterrado.
Numa pesquisa que durou um ano e meio, feita também em outras cinco capitais brasileiras, monitorando apenas um poluente (o material particulado inalável, que se instala na parte baixa do pulmão), Porto Alegre se situou no nível de Belo Horizonte e Curitiba, mas durante o inverno a qualidade do ar da capital gaúcha foi considerada a pior do Brasil depois da de São Paulo.
A drª Cláudia Rhoden é professora adjunta da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), onde coordena o Laboratório de Estresse Oxidativo e Poluição Atmosférica, e é pesquisadora associada ao Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Foto: Felipe Gaieski
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