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Abes-RS alerta para importância do descarte correto de resíduos no combate ao mosquito Aedes aegypti

04/04/2016 | ABES-RS

Falta de saneamento básico é um dos principais causadores dos focos do mosquito transmissor dos vírus da Dengue, Zika e Chikungunya

Entre as diversas medidas preventivas ao combate de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, o descarte de resíduos tem merecido destaque, por maus exemplos flagrados pela imprensa e pela sociedade. Para a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental Seção RS (Abes-RS) a origem central dos problemas está na falta, ou precariedade, do saneamento básico seja em tratamento de esgoto, abastecimento de água, resíduos sólidos ou drenagem de águas pluviais.

A expansão das cidades nos últimos 30 anos, concentrando mais de 160 milhões de pessoas nos centros urbanos, exige ações preventivas para a falta de estrutura. Sem uma coleta correta de resíduos e o aumento do descarte irregular de produtos por parte da população, as cidades fornecem ambientes propícios para o Aedes aegypti se reproduzir.

- A dengue era algo muito distante, mesmo que o problema viesse sendo alertado desde 2001 pelas organizações mundiais. Precisamos mostrar para a população que as ações do seu cotidiano influenciam sim. É o depósito irregular do vizinho, o lixo descartado no terreno do lado ou um vaso de planta com água parada - afirma a vice-presidente da Abes-RS, Jussara Pires.

Jussara destaca, no entanto, a responsabilidade dos gestores públicos em elaborarem e colocar em prática os planos municipais de saneamento.

- A Abes-RS entende fundamental o planejamento das ações em saneamento básico e a correta implementação dos planos. Bons serviços de saneamento geram condições adequadas para um efetivo trabalho de educação de médio e longo prazo. De uma população que tenha acesso regular à água potável e à coleta de resíduos sólidos é possível esperar a vigilância aos possíveis focos de mosquito em suas casas e ambientes de trabalho e estudo - completou.

Para Jussara, o alerta em relação à dengue e ao Zika Vírus deve servir para se trabalhar com mais afinco na promoção de cidades mais justas em que todos tenham acesso ao ambiente saneado.

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