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Medicamentos descartados de maneira incorreta provocam impactos ambientais
De acordo com coordenadora da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental Seção RS (Abes-RS), população deve receber orientação constante sobre o assunto
Medicamentos são substâncias químicas que quando descartados de maneira inadequada, provocam impactos ambientais tanto no solo quanto na água, prejudicando a saúde da população. Devido a isto, a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental Seção RS (Abes-RS) tem defendido a logística reversa.
De forma a incentivar e regulamentar esta iniciativa, em 2012 foi promulgada uma Lei que estabelece procedimentos a serem adotados para o descarte de medicamentos vencidos, em Porto Alegre. A Coordenadora da Câmara Temática de Resíduos Sólidos da Abes-RS, Alba Ferreira da Rosa, informa que várias redes de farmácias têm dispositivos para receberem medicamentos vencidos que são enviados a aterros sanitários classe I para resíduos perigosos.
- Não temos conhecimento do volume de medicamentos entregues às redes de farmácias atualmente. No entanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) divulgou, em 2013, que são descartados inadequadamente entre 10 mil e 28 mil toneladas/ano de medicamentos – comenta Alba.
Para a coordenadora, as principais medidas para resolver este problema são a orientação constante da população sobre o descarte inadequado e maior divulgação nas redes de farmácias no momento das vendas. Já a entidade tem trabalhado também para resolver esta situação.
- A Abes faz parte de um grupo junto ao Sindicato dos Farmacêuticos e universidades que tem acompanhado os encaminhamentos nacionais e legais. Tem também envolvido este tema em eventos como no Ciclo de Saúde Ambiental e na nossa Câmara Técnica de Resíduos – explica a coordenadora.
Alba reforça que a entidade possui uma grande preocupação sobre o descarte adequado de resíduos, o que deve fazer parte de debates contínuos da Abes-RS